A Filha do Kraken

 Olá, pessoal! Espero que todos estejam bem, caso contrário eu desejo melhoras. Hoje gostaria de falar sobre essa personagem, apesar de pouco falada no fandom, é peculiar e com uma presença interessante onde quer que vá, vamos falar de Asha Greyjoy!

Sua presença é importante e significativa para compreendermos melhor os nascidos do ferro e sua cultura também. Este blog é apenas um pensamento meu transmitidos em palavras. Talvez faça sentido, talvez não... Enfim, espero que gostem do blog. Boa leitura!

Asha é uma jovem obstinada e ousada, possuindo uma inteligência afiada, não tem problema algum para ela se manter à frente de um homem; seja em uma batalha, ou apenas em uma discussão verbal. Ela não só quebra os papéis clássicos de gêneros em Westeros, como faz isso nas Ilhas de Ferro também.

Ela acaba nos mostrando uma visão única de como as mulheres estão inseridas na cultura dos nascidos de ferro, mas ao mesmo tempo, ela se difere de todas as demais. Os padrões de Westeros com as mulheres já são extremamente baixos, nas Ilhas de Ferro então é menor ainda, já que saqueadores podem tomar mulheres como esposas de sal, além de homens como o próprio Victarion serem capazes de atos horrendos, isso faz ainda mais com que a presença de Asha possua tenha destaque, de uma forma ainda mais notória do que com qualquer outra mulher.

Se engana quem pensa que ela obteve algum sucesso apenas por ser da casa Greyjoy, sua reputação vem direto de sua força de vontade e astúcia. Vivendo onde basicamente apenas os homens se sobressaem, Asha conseguiu ficar na linha tênue entre características masculinas admiráveis na cultura dos nascidos de ferro, e ainda manter a sua tradicional característica feminina; conseguindo assim ter uma visão mais ampla que qualquer outro das Ilhas de Ferro.

Desde sua infância ela começou a possuir costumes e seguir algumas das tradições dos nascidos de ferro. Não que ela tivesse outra cultura para se inspirar, já que nas Ilhas de Ferro eles encaram os padrões de Westeros com grande desprezo. Porém, Asha quando ainda era jovem já começava a praticar e desenvolver suas habilidades com um machado. Posteriormente, com uma adaga. E, assim Asha foi crescendo e logo se tornou capitã de seu próprio navio, Vento Negro, onde formou uma tripulação devota a ela. Ela os lidera em batalha, ela transmite a eles o orgulho que é ser um nascido de ferro; ela está disposta a morrer por eles, assim como eles estão por ela.

”Se houver pedras a estibordo e uma tempestade a bombordo, um capitão sábio dirige um terceiro curso.” - Asha Greyjoy, O Festim dos Corvos.

No entanto, Asha não puxou apenas as características ferozes dos nascidos de ferro; como eu pontuei: ela consegue estar entre os dois mundos. Ampliando sua capacidade e não se prendendo a uma visão específica. Há muito de seu pai nela, mas há muito de sua mãe também.

Os nascidos de ferro não são conhecidos por culturalmente adquirirem conhecimento através de estudos ou por procurarem valor em livros e relatos. Não, o valor para eles está no que eles podem conquistar através de suas armas. E, nisso Asha se difere de sua cultura; ela passou dias e noites perdidas entre as riquezas das estantes de livros de seu tio. Ela vê que pode aprender mais com seu tio Rodrik, do que com Victarion por exemplo. Buscando assim inteligência ao invés de brutalidade. Equipar-se com documentos históricos, táticas e estratégias fazem de Asha uma diplomata cautelosa. Somos capazes de ver isso em vários momentos posteriores na história: seja em suas batalhas no norte, na forma como lidar com seus parentes e até mesmo quando se está em desvantagem por ser uma prisioneira.

”Nenhuma luta é inútil até que seja travada.” - Asha Greyjoy, O Festim dos Corvos.

Asha é uma líder nata. Ela sabe quando ser misericordiosa e quando ser implacável. Ela entende a honra, mas não é tola para deixar que a cegue; ela sabe os momentos em que deve usar a astúcia, mas sabe quando ser cautelosa. Sabe o momento de atacar e o momento de esperar. Quando provocada, ela é mortal. Quando respeitada, ela é gentil. Sabe de sua capacidade, portanto não se deixa cair em provocações, pelo contrário, quando desrespeitam sua imagem ela responde com zombarias, porque sabe que isso funciona e afeta os ouvidos daqueles que a escutam.

” — Essa menina perdeu a cabeça — rosnou Jon Myre, o Cara Apertada. — Balon a deixou acreditar que ela era um homem.

— Seu pai cometeu o mesmo erro com você — disse Asha.

— Dê ela para mim, Euron — sugeriu o Remador Vermelho. — Eu darei palmadas nela até seu traseiro ficar vermelho como meu cabelo.

— Tente — disse Asha — e depois nós podemos te chamar de Eunuco Vermelho. “

Sendo um exemplo de tenacidade, liderança e inteligência Asha Greyjoy é uma das poucas pessoas capazes e respeitáveis nas Ilhas de Ferro; ela possui todas as características necessárias para elevar o modo de vida dos nascidos de ferro e de suas terras, em vez de permitir que tudo volte ao status quo ao qual seus tios almejam, mesmo que talvez não estejam cientes.

Onde sua jornada a levará é incerto, ela pode um dia governar as Ilhas de Ferro, como pode nunca voltar a vê-las… Eu adoraria que houvesse uma mudança de paradigma na cultura dos nascidos de ferro, começando pela forma como eles veem as mulheres na sociedade. O exemplo mais admirável talvez ocorra em Dorne. Os dorneses exaltam sua lendária rainha guerreia Nymeria como um exemplo de força, inteligência e liderança. E, ela sem dúvida alguma, forma a base para muitas das atitudes dos dorneses sobre o papel das mulheres na sua sociedade. Eu espero que Asha possa um dia ser para os nascidos de ferro o que Nymeria se tornou para os dorneses; ela é a única capaz de liderar a reconstrução de um reino estagnado e em ruínas.

”- E se gritar o seu nome? - quis saber Harmund. - O que acontece?

- A paz - ela respondeu. - Terras. Vitória. Darei a vocês Ponta do Dragão Marinho e a Costa Pedregosa, terra negra e árvores altas, e pedras suficientes para que cada filho mais novo construa um palácio. Também teremos os nortenhos... como amigos, para se oporem conosco contra o Trono de Ferro, Sua escolha é simples. Coroem-me, para a paz e para a vitória. Ou coroem meu tio, para mais guerra e mais derrota - voltou a embainhar o punhal. - O que querem, homens de ferro?

- VITÓRIA! - gritou Rodrik, o Leitor, com as mãos em volta da boca. - Vitória, e Asha!

- ASHA! - ecoou Lorde Baelor Blacktyde. - ASHA RAINHA!

A tripulação de Asha acompanhou o grito, “ASHA! ASHA! ASHA RAINHA!”. Bateram os pés no chão, sacudiram os punhos e berraram.”

Autor: Vi.