Paralelos entre Alicent e Catelyn: Mães em guerra
Olá, eu trago esse texto (originalmente uma thread minha no twitter) para mostrar um grande paralelo que eu dificilmente vejo sendo comentado: Alicent Hightower e Catelyn Stark/Tully. Ambas grandes mulheres da arte política que estiveram envolvidas em duas grandes guerras de Westeros: A Dança dos Dragões e a guerra dos Cinco Reis.
Arte da Catelyn: Mordin99
(Infelizmente não consegui achar o artista da Art de Alicent)
As duas mães acabam atraindo opiniões um tanto negativas dos fãs: seus erros, suas atitudes questionáveis, e, talvez o pior, ir contra alguns dos "queridinhos" da saga.
E mesmo não gostei nada de Alicent na minha primeira leitura, mas passei a repensar minhas opiniões de modo mais neutro em relação a ela. Atualmente, por mais que eu não seja um grande defensor, acredito que ela é mais complexa e simpatizante do que eu acreditava.
Acho que uma das maiores igualdades narrativa entre a Hightower e a Tully, são que ambas são colocadas em narrativas totalmente políticas:
-Catelyn é a matriarca da casa Stark e o principal foco político da sua facção durante a guerra. Ela é talvez a principal conselheira de Robb Na guerra.
-Alicent já entrava na política desde cedo; com o nascimento de seu filho (e a saída de seu pai na corte, inicialmente aceitando a derrota), ela tomou para si a tarefa de correr atrás das ambições de sua família e de atrair lordes e ladies para sua causa.
Ambas também pareciam ser as favoritas das ambições de seus pais: Catelyn sempre foi dita como a favorita de seu pai e viajava com ele, enquanto Otto parece ter visto que Alicent era esperta e poderia ser útil para ele (sendo cuidadora de Jaehaerys e "amável o bastante pra atrair e se casar com o rei Viserys).
Alicent passou anos crescendo politicamente na corte, ao passo que Rhaenyra se distanciava cada vez mais dela. Isso ajudou a Alicent a ter o caminho livre para suas maquinações.
Lembre-se: o pequeno conselho foi reunido por ela, no quarto dela, na madrugada, apenas o Rei, a Mão ou um regente teria tal poder, e Alicent naquele momento era só uma rainha consorte/viúva, mas tinha plena confiança em si e de sua força política (que ela conquistou por anos).
Lembrando que antes de tudo isso, um servo avisou expecificamente Alicent em seus aposentos após descobrir a morte do Rei. Isso implica que a esposa do falecido Viserys instruiu os servos da fortaleza e acumulou poder e confiança o suficiente para poder ditar ordens por baixo do nariz de seu marido e ter a garantia de que essas ordens seriam obedecidas.
Por isso não vejo tantas similaridades com Alicent e Cersei como a maioria vê: Alicent é mais parecida com a mulher que Cersei pensa que é; uma mulher que além de ser bela, é inteligente e habilidosa e que se casou com um rei amado e gentil. A rainha Lannister pode achar que é esperta, mas nunca seria tão hábil politicamente quanto a Rainha Hightower.
Paralelos mais sutis
Infelizmente, Cat e Alicent teriam também uma calúnia perseguindo e manchando suas imagens (principalmente Alicent); o Bobo da Corte, Cogumelo, lançaria a calúnia de que Alicent teria perdido a virgindade com Jaehaerys, além desta calúnia, ela também seria alvo de outros burburinhos, como de ter se deitado com Daemon --Ou ter sido abusada por ele--, e depois de ter tido um caso com o Rei Viserys, antes deles se casarem; Catelyn também teria sua imagem manchada por Petyr Baelish, que se gabaria por ter lhe tirado a virgindade da esposa de Eddard Stark quando ela ainda era jovem.
Tanto Alicent quanto Catelyn foram alvos de rumores misóginos contra a sua pessoa. Mesmo estes rumores sendo uma clara fantasia, eu mesmo já vi gente acreditando que Alicent era uma grande "prostituta sedenta por poder" e que ela teve casos até com o Rei Jaehaerys-- O que é bem absurdo, visto que o próprio Rei, que foi sempre fiel a sua esposa, estava claramente debilitado e nunca teria como sequer ter qualquer ator sexual, mesmo que quisesse. Seu relacionamento com Alicent era algo quase paternal e ela parece ter guardado boas memórias do Velho Rei, se lembrando dele até no dia de sua morte, diferente de seu marido ou de seu pai.
Inclusive, a relação de Alicent e Jaehaerys pode lembrar os últimos dias de Catelyn e seu pai, Lorde Hoster, enquanto este estava terrivelmente doente e com a memória falhando; ambos os homens enfermos acreditariam que as suas jovens cuidadoras são na verdade suas filhas que voltaram para perdoa-los pelos seus erros no passado (Saera no caso de Jaehaerys e Lysa no caso de Hoster).
Na verdade, ainda sobre os rumores sobre Alicent, é bizarro como consideram possível o caso de Alicent com Daemon uma "prova" de sua ambição e jogo sujo: as pessoas exaltam Daemon por suas atrocidades e parecem ignorar que, caso ele realmente tenha tido algo com a filha de Otto, foi muito provavelmente um abuso (ou uma certa manipulação por parte de Daemon, talvez para irritar Otto); não vejo sentido em julgar Alicent aqui, ainda mais se as pessoas nem sequer vão julgar Daemon pelo possível caso --Se ambos realmente tiveram algo e de forma consensual, não é apenas a jovem Hightower que deveria ser alvo de criticas.
É bem possível ver uma certa misoginia nesse argumento contra Alicent: que ela vendeu seu corpo, dando boatos escandalosos como reais, não julgar os homens em sua vida (seja o pai dela ou seus possíveis amantes), ignorar que em boa parte desses eventos ela era uma criança, etc...
Eu também imagino que ambas as mães fossem bem ligadas ao Sete Deuses.
A conexão com os deuses é algo que é muito mencionado nos capítulos de Catelyn, em momentos de alegria, de tristeza, busca por conforto... Infelizmente, não temos tanto destaque para a fé de Alicent, mas é bem claro que ela era uma mulher muito ligada a fé dos sete: é a fé predominante em Westeros, principalmente na Campina, e os Hightower são fortemente ligados a essa religião (na época de Alicent, Vilavelha era o local da fé dos sete); então é fácil imaginar que ela era uma mulher de grande fé.
Um paralelo que fico curioso se existiria ou não, é o fato de ambas talvez se sentirem deslocadas; Cat tinha uma grande dificuldade de se encontrar na cultura nortenha, principalmente quando se encontrava no bosque sagrado.
Alicent se sentia assim? Difícil dizer... A família Real era da mesma religião que a dela, além do fato de Alicent ter convivido com os membros da realeza desde jovem.
A família Targaryen não tinha muitos costumes diferentes do resto de Westeros, exceto o incesto e os dragões. Não sabemos se era algo bizarro para Alicent, talvez em algum grau fosse, visto que o resto de Westeros repudia isso, mesmo a fé do Sete era contra inicialmente. Claro, seus filhos Aegon e Helaena acabaram por se casar, mas não sabemos exatamente o quanto ela gostava disso e o quanto ela apenas fez isso para demonstrar que seu filho "seguia o estilo de vida Valiriano", diferente da irmã.
(Isso se ela sequer decidiu casar os dois, pois é dito ser uma escolha do próprio rei... O quanto ela o convenceu --afinal essa decisão cabe a penas a ele-- e o quanto ela não teve nada a ver com a união é ambíguo, mas creio que ela sabia que isso poderia ajudar na imagem de seu filho como Targaryen Legitimo.)
A maternidade na jornada de Catelyn e Alicent
Arte de Aleksa
Outra igualdade está em seus filhos: Catelyn e Alicent estão dispostas a fazer tudo por eles. Cat, inclusive, deixou várias vezes a razão de lado (como ao libertar Jaime) para dar razão ao desespero de reunir sua familia.
Alicent muito provavelmente fez o golpe contra os negros para proteger seus filhos: quem garantiria que Daemon não lhes faria mal algum? Ela poderia até achar que enteada apenas os ignoraria, mas e Daemon? Ele permitiria que alguma ameaça a posição de sua esposa (e filhas, visto que eram prometidas aos filhos de Rhaenyra) vivesse? Temos que lembrar que Daemon sempre destratou os filhos de Alicent abertamente (Viserys parecia ignorar e Rhaenyra se alegrava com isso); e os filhos e netos de Alicent não estavam prometidos a nenhum filho de Rhaenyra.
A bastardia também é um ponto importante aqui: Catelyn sempre temeu que Jon Snow, bastardo de Ned, fosse uma ameaça aos seus filhos legítimos, especialmente pela aparência dele e a importância que seu pai lhe dava como um quase igual entre seus filhos legitimos.
Com Alicent a situação era pior: os filhos de Rhaenyra de fato tomaram posições de herdeiros por cima de seus próprios, todos os garotos se odiavam (a ponto de um deles arrancar um olho de Aemond).
Que Alicent realmente não devia dar tanta importância assim a "moralidade" de serem bastardos era um fato, mas que eles eram uma ameaça aos seus filhos e netos também era um fato (pelo menos para ela); embora ela, assim como Cat e qualquer lorde e lady em Westeros, tivesse um grande preconceito contra bastardos.
E dificilmente Corlys e a própria Rhaenyra iriam em favor da família de Alicent se algo acontecesse em desfavor deles; pois seus filhos e netos também eram uma ameaça para eles enquanto vivessem.
E, é claro, a grande inimizade entre Daemon e Otto também não passaria desapercebida--Ironicamente, o pai de Alicent disse no conselho verde que caso Daemon subisse ao trono, sua cabeça seria a primeira a cair, e foi o que aconteceu.
Acho que algo que acabou prejudicando muito Alicent e a fez temer cada vez mais o que viria a seguir foram dois fatores: os filhos ilegítimos de Rhaenyra terem arrancado o olho de seu filho e nada ser feito sobre isso --o que acabou por indicar uma rivalidade maior entre os seus filhos e os de sua enteada, além do próprio choque e ódio de Alicent ao ver Rhaenyra mandar torturar Aemond, sendo ele irmã da princesa e tendo apenas dez anos na época--, e o casamento inesperado de sua enteada com Daemon, um notório inimigo dos verdes e que sempre zombou de seus filhos.
Lembrando que não estou dizendo que Alicent não tem uma parcela de culpa: ela sempre colocou uma rivalidade entre os filhos e a meia-irmã deles, além dos filhos da mesma. A própria rainha, inclusive, pediu o olho de Lucerys, mesmo ele tendo apenas 5 anos.
Alicent também teria bons motivos e argumentos para coroar Aegon (além da própria ambição e a defesa do mesmo); ela tinha séculos de lei e precedentes que os lordes ainda respeitavam, além do Grande Conselho de 101 e a própria imagem do amado rei Jaehaerys sobre a primogenitura masculina vir antes da feminina... Embora, para ser justo, o argumento dos black também são igualmente fortes, visto que usam a própria escolha do Rei Viserys para legitimar a reinvindicação de Rhaenyra. A guerra ocorreu justamente por ambos os lados terem bons argumentos do ponto de Vista da sociedade Westerosi (e, é claro, misoginia contra uma mulher herdar algo; mas também devemos levar em conta que Rhaenyra cometeu uma alta traição descarada com iniciar seu caso com harwin e ao ter filhos obviamente bastardos com ele e ameaçar de morte qualquer um que falasse a verdade sobre seu crime) mas ambos os lados destruiriam Westeros quando o conflito de iniciasse.
Tanto Cat quanto Alicent perderiam seus filhos (e no caso de Alicent, filhos e netos, enquanto Cat apenas pensaria ter perdido a maioria de seus filhos) na guerra.
Salvo uma excessão: uma descendente feminina, a qual se casaria com o inimigo.
No caso da matriarca Stark, Sansa estaria casada com Tyrion, enquanto no caso da Rainha dos verdes, Jaehaera se casaria com Aegon III, filho de Rhaenyra (sua neta morreria logo, mas Alicent morreu pouco antes dela). As duas mulheres pensariam ter sua jovem filha/neta casada com o lado inimigo, mas morreriam antes de saber que os casamentos não iriam ter descendentes.
Ambas são pegas por uma loucura após a morte de seus primogênitos (ambos sendo os últimos mortos); Catelyn rasgaria a própria cara, ao passo que Alicent entraria em delírio e depressão; rasgando suas roupas, odiando a cor verde... Pode-se dizer que a morte foi uma misericórdia para ambas.
(Interessante dizer que no caso de Cat sempre é dito que ela teria "uma loucura de mãe" no fim)
Uma coisa interessante de se notar, é que ambas são descritas como tendo "Coração de pedra" em seu estado de fúria total após a morte de seus filhos.
"Por vezes sentia-se como se o coração tivesse se transformado em pedra"; é um pensamento de Catelyn no primeiro livro, e ela logo adotaria o nome de "Coração de Pedra" na sua ressurreição.
"O assassinato do último filho dela transformou o coração de Alicent em pedra."
-Meistre Gyldayn, Fogo & Sangue
Diferenças:
A maior diferença entre as duas seria de que Alicent é muito mais fria (e também ambiciosa, talvez) do que Catelyn.
Ela não tinha problemas em trair, manipular e até matar quem quer que fosse que estivesse em seu caminho.
É algo totalmente imoral, mas ajudou Alicent em tempos de guerra; como planejar matar Corlys após seu apoio, "trair" Truefyre, esconder o corpo morto de seu marido, e talvez o mais cruel, mandar dilacerar o jovem Aegon.
Cat jamais (ou pelo menos dificilmente) se sujeitaria a fazer coisas assim; Pois estava mais propensa a lutar contra a sede de vingança e a violência. Sempre prezando pela paz e união em primeiro lugar.
Alicent apenas tentava a paz quando tentava evitar que sua família corresse riscos (ela não se importava de fato com seus inimigos e o bem estar do reino, apenas a própria garantia de segurança). Isso é demonstrado nos tratados de paz, tentar casar Aegon e Rhaenyra, pedir um grande conselho ou separar o reino (esses 2 últimos quando tudo parecia perdido).
Alicent deixaria esse lado "pacifico" para trás Após a morte da maioria de seus filhos e netos; cometendo o mesmo erro de Rhaenyra em ignorar Corlys e se negar a fazer a paz contra seus inimigos (mesmo quando ela e seu filho não tivessem condições de seguir o caminho da guerra); instigando Aegon a continuar (algo que Cat seria contra).
Assim como Alicent, Catelyn deixaria de buscar a paz após a morte de seu primogenito.
– Por que não fazer a paz? – perguntou Catelyn.
Os senhores olharam-na, mas foram os olhos de Robb que sentiu, os dele, e apenas os dele.
– Senhora, eles assassinaram o senhor meu pai, seu marido – disse ele em tom sombrio. Desembainhou a espada e pousou-a na mesa à sua frente, fazendo cintilar o aço brilhante contra a madeira rústica. – Esta é a única paz que eu tenho a dar aos Lannister.
Grande-Jon berrou a sua concordância, e outros homens acrescentaram suas vozes, gritando, desembainhando espadas e batendo na mesa com os punhos.
Catelyn esperou até que se calassem.
– Senhores – disse ela então –, Lorde Eddard era seu suserano, mas eu partilhei sua cama e dei à luz os seus filhos. Julgam que o amo menos que os senhores? – sua voz quase se quebrou, mas Catelyn inspirou longamente e se acalmou. – Robb, se esta espada pudesse trazê-lo de volta, eu nunca deixaria que a embainhasse até que Ned estivesse de novo ao meu lado… Mas ele partiu, e uma centena de Bosques dos Murmúrios não mudarão isso. Ned partiu, tal como Daryn Hornwood, tal como os valentes filhos de Lorde Karstark, tal como muitos outros bons homens, e nenhum deles regressará para nós. Precisaremos ainda de mais mortes?
-Catelyn XI, AGOT
Pé-Torto prometeu que sor Perkin e seus cavaleiros de sarjeta se juntariam aos homens da tempestade para restaurar o rei Aegon II ao Trono de Ferro, com a condição de que todos eles, exceto o usurpador Trystane, fossem perdoados de todo e qualquer crime, incluindo traição, rebelião, roubo, assassinato e estupro. A rainha Alicent aceitou que seu filho, o rei Aegon, se casasse com a senhorita Cassandra, a filha mais velha do lorde Borros, e a tornasse rainha. A senhora Floris, outra filha de sua senhoria, seria prometida a Larys Strong. O problema da frota Velaryon foi debatido por algum tempo.
— Precisamos incluir o Serpente Marinha nisto — teria dito o lorde Baratheon. — Talvez o velho goste de uma esposa nova e jovem. Ainda tenho duas filhas sem compromisso.
— Ele é três vezes traidor — disse a rainha Alicent. — Rhaenyra jamais teria tomado Porto Real sem sua ajuda. Sua Graça, meu filho, não esqueceu. Quero que ele morra.
— De um jeito ou de outro, ele não vai demorar a morrer — respondeu o lorde Larys Strong. — Vamos fazer as pazes com ele agora e usá-lo como for possível. Quando tudo estiver resolvido e não precisarmos mais da Casa Velaryon, então poderemos dar uma ajuda ao Estranho.
E assim se acordou, vergonhosamente.
-Arquimeistre Gyldain, Fogo & Sangue.
Isso é quase um paralelo com Lady SH: Ambas mães levadas a crueldade (e até loucura) com as perdas familiares que elas tanto tentaram evitar. Ambas acabaram tomadas por fúria e ódio.
Pra acabar essa primeira parte, deixo aqui uma frase do Martin sobre Cat que acho que resume ambas:
“Bem, eu queria criar uma personagem mãe forte. A representação de mulheres em fantasias épicas tem sido problemática há muito tempo. Esses livros são geralmente escritos por homens, mas mulheres também os leem, em grandes números. E as mulheres na fantasia tendem a ser mulheres muito atípicas…Elas tendem a ser mulheres guerreiras ou princesas rebeldes que se recusam a aceitar o que seus pais ditam, e eu tenho esses arquétipos nos meus livros também. Mas com Catelyn tem algo a se resgatar de Leonor d’Aquitânia, a figura da mulher que aceitou seu papel e suas funções em uma sociedade restrita e mesmo assim consegue exercer um poder, influência e autoridade consideráveis, embora aceitando os riscos e limitações dessa sociedade. Ela é também uma mãe…então, uma tendência que se vê muito em outras fantasias é a de matar a mãe e retirá-la de cena. Ela está normalmente morta antes que a história comece.”
O que esses paralelos podem nos dizer sobre o futuro?
Nos livros, quando Alicent morre pela praga é dito que "O Estranho foi buscá-la em uma noite chuvosa, na hora do lobo".
Isso pode ser um paralelo com a possível morte de Lady Stoneheart!
Uma teoria famosa é que Arya terá de matar a própria mãe nos próximos livros; lhe dando a "misericórdia" como muitas vezes é descrito no livro quando ela mata alguém rapidamente.
Arya, como é próprio de uma Stark, é vista como a figura de um lobo; Sempre se descrevendo como "uma loba selvagem/solitária", entre outros aspectos...
Além, é claro, sua conexão com a morte; seja com O Estranho (o deus da morte dos sete) ou com o Deus de muitas faces.
Assim como Alicent, Cat agora é um ser frio e cruel, presa em um estado de dor e sofrimento. Elas querem apenas rever seus filhos perdidos ou vinga-los.
"— Quero ver meus filhos de novo — disse ela para a septã —, e Helaena, minha doce menina, ah… e o rei Jaehaerys. Vou ler para ele, como fazia quando eu era pequena. Ele dizia que eu tinha uma voz linda. — (Estranhamente, em suas horas finais a rainha Alicent falou muito do Velho Rei, mas nunca de seu marido, o rei Viserys.) O Estranho foi buscá-la em uma noite chuvosa, na hora do lobo."
-Arquimeistre Gyldain, Fogo & Sangue
— Ela quer o seu filho com vida, ou os homens que o mataram mortos, — disse o homem grande. — Ela os quer para alimentar os corvos, como fizeram no casamento Vermelho. Freys e Boltons, sim. Nós vamos dar a ela aqueles que ela quer. Tudo o que ela pede de você é Jaime Lannister."
--Brienne VIII, AFFC
Talvez, como Alicent tentou fazer com a neta, Lady Stoneheart tente convencer a filha se unir em sua jornada de vingança e morte. E Arya, assim como Jaehaera, ficará horrorizada e negará fazer parte disso.
"Quando finalmente pôde compartilhar uma refeição com Sua Graça, ela disse para Jaehaera cortar a garganta do marido quando ele estivesse dormindo, o que fez a criança começar a gritar."
Arya, na verdade, será o como o Estranho para a Cat ressuscitada: dando lhe a misericórdia e deixando que seu espírito finalmente encontre paz na morte, e quem sabe, reencontrar aqueles que ela amava.
Autor: Pedroofthrones







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